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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Paraolimpiadas


HISTÓRICO

Jogos Paraolímpicos no Brasil

O esporte adaptado para deficientes surgiu no começo do século XX, com atividades esportivas para jovens com deficiências auditivas. Mais tarde, em 1920, iniciaram-se atividades como natação e atletismo para deficientes visuais. Para portadores de deficiências físicas, o esporte adaptado só começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial, para reabilitação e inserção social dos soldados que voltavam para casa mutilados. Inicialmente, a intenção era oferecer uma alternativa de tratamento aos indivíduos que sofreram traumas medulares durante o conflito. Entretanto, em 1944, por meio de um convite do Governo Britânico, o neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann, que escapara da perseguição aos judeus na Alemanha nazista, inaugurou um centro de traumas medulares dentro do Hospital de Stoke Mandeville. É neste ponto da história que o desenvolvimento e fomento do esporte paraolímpico ganhariam força.
Em 1948, Guttmann decidiu organizar competições esportivas envolvendo veteranos da Segunda Guerra Mundial com ferimentos na medula espinhal em Stoke Mandeville, England. Eram os primeiros jogos para atletas com deficiência física. No mesmo ano, no dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, os jogos de Mandeville Stoke foram lançados e a primeira competição para atletas em cadeira de rodas foi organizada. Participaram 16 atletas veteranos de guerra, 14 homens e duas mulheres. Quatro anos depois, atletas dos Países Baixos juntaram-se aos jogos; e assim o evento internacional, hoje conhecido como Paraolimpíada, nasceu.
Os jogos olímpicos especiais para atletas com deficiência foram organizados pela primeira vez em Roma em 1960, imediatamente após os Jogos Olímpicos. Eles são considerados os primeiros jogos Paraolímpicos. Cerca de 400 atletas vindos de 23 países competiram em 8 esportes, 6 deles ainda inclusos no programa de competição Paraolímpica (tênis de mesa, arco e flecha, basketball, natação, esgrima e atletismo). Desde então, os Jogos Paraolímpicos são organizados a cada quatro anos, sempre no mesmo ano dos Jogos Olímpicos. Fruto do crescimento do esporte adaptado, em 1964, foi criada a Organização Internacional de Esportes para Deficientes (ISOD).
Outros grupos com deficiência foram incluídos em Toronto, em 1976. No mesmo ano, os primeiros Jogos Paraolímpicos de Inverno aconteceram na Suécia. Em 1988, os Jogos Paraolímpicos de Verão em Seul marcaram uma mudança significativa, que permanece até hoje: os jogos Olímpicos e Paraolímpicos foram realizados no mesmo local.
Desde 1960, foram organizados 11 Jogos Paraolímpicos de Verão e 7 Jogos Paraolímpicos de Inverno. A 11ª Paraolimpíada de Verão foi realizada com sucesso em Sydney, Austrália, e a 8ª Paraolimpíada de Inverno foi realizada em março de 2002, na cidade de Lago Salt, EUA.
Os jogos Paraolímpicos evoluíram e hoje, depois apenas dos Jogos Olímpicos, é o principal evento esportivo mundial. 
Uma das características das Paraolimpíadas  é apresentar ao público esportes que não são disputados nas Olimpíadas. Um deles é o golbol, criado para quem tem deficiência visual, total ou parcial. Nele, dois times, com três jogadores de cada lado (mais três reservas), tentam marcar gols no adversário
Os Jogos
As Paraolimpíadas acontecem a cada quatro anos, após as Olimpíadas regulares. Os jogos se tornaram um dos principais eventos do calendário internacional do esportes.
Os atletas são exemplos de superação, garra e força de vontade para a sociedade, pela determinação em superar seus próprios limites. Cinco dos dez recordes mundiais em levantamento de peso são de atletas paraolímpicos.

 ALGUNS ESPORTES

Esportes do IPC

§                    Atletismo: possui provas para todos os tipos de deficiência, com provas disputadas em cadeira de rodas, com o uso de próteses e com o auxílio de um guia. Os dezessete tipos de evento (disputados na pista, no campo e na rua) são divididos em diversas classes, de acordo com o grau de comprometimento dos atletas.
§                    Esqui alpino: é disputado por amputados, paraplégicos, portadores de paralisia cerebral e deficientes visuais, agrupados em três categorias. Um sistema de cálculos corrige o tempo de cada participante para permitir que atletas com graus diferenciados de comprometimento possam participar da mesma prova na mesma prova.
§                    Levantamento de peso: versão paralímpica do levantamento de peso básico, é disputado por amputados dos membros inferiores, paraplégicos e portadores de paralisia cerebral.
§                    Natação: um dos esportes mais populares dos jogos, é disputado por deficientes físicos e visuais classificados de acordo com sua habilidade para cada nado. Não é permitido o uso de próteses ou de qualquer equipamento que auxilie o nadador, exceto os tappers, usados para bater levemente às costas dos deficientes visuais para avisá-los de que a borda da piscina está próxima.

 Esportes da OIED

§                    Bocha ou boccia: disputado por atletas em cadeira de rodas portadores de paralisia cerebral. Todos os eventos são disputados por ambos os sexos.
§                    Esgrima em cadeira de rodas: disputado apenas por atletas em cadeira de rodas. Apesar de os atletas, em virtude da cadeira de rodas, ficarem mais afastados entre si, a baixa mobilidade do torso facilita os golpes, tornando as lutas mais rápidas que na versão tradicional.
§                    Futebol de cinco: é disputado por deficientes visuais (o goleiro, entretanto, pode enxergar). O jogo acontece no mesmo campo do hóquei sobre grama, e não há a regra do impedimento.
§                    Goalball: é disputado apenas por deficientes visuais. Cada trio tenta jogar uma bola com guizos dentro do gol adversário. Todos os jogadores ficam próximos ao seu gol, que tem a mesma largura da área de jogo.
§                    Judô: competem neste esporte deficientes visuais, divididos em categorias de peso. Mulheres participaram pela primeira vez em Atenas 2004.

Esportes com federações próprias

§                    Basquetebol em cadeira de rodas: desenvolvido quase simultaneamente nos Estados Unidos e no Reino Unido, é disputado por atletas em cadeira de rodas. A quadra e a altura da cesta são idênticas às do basquetebol tradicional. A Federação Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas organiza os eventos.
§                    Canoagem: incluída no programa em dezembro de 2010, é aberta a deficientes físicos e intelectuais. A Federação Internacional de Canoagem administra os eventos da modalidade.
§                    Ciclismo: é disputado por deficientes visuais e físicos. De acordo com seu grau de comprometimento, o atleta pode usar bicicleta, triciclo, tandem ou handcycles. A União Ciclística Internacional gere o esporte.
§                    Remo: é o esporte mais novo no programa paralímpico de verão, sendo introduzido apenas em Pequim 2008. Participam das provas deficientes físicos, utilizando equipamentos adaptados. É gerido pela Federação Internacional de Remo.
§                    Rugby em cadeira de rodas: está oficialmente nos Jogos desde 2000 e é disputado por atletas com quadriplegia. É administrado pela Federação Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas.
§                    Tênis em cadeira de rodas: competem nestes esportes, portadores de deficiência física em pelo menos um membro inferior. Na categoria "quad" só podem participar atletas com deficiência em três ou quatro membros. Todas as regras são as mesmas do tênis tradicional, exceto uma: a bola pode tocar no chão duas vezes antes de um jogador rebatê-la. A Federação Internacional de Tênis gere a modalidade.
§                    Triatlo: incluído em dezembro de 2010, é disputado por deficientes físicos, e compreende seis categorias. É de responsabilidade da União Internacional de Triatlo.
§                    Snowboarding: incluído em maio de 2012, é disputado por deficientes físicos, e compreende duas categorias. É de responsabilidade daFederação Internacional de Esqui.
§                    Voleibol sentado: atletas com deficiência física competem em equipes de seis, podendo compor a mesma equipe portadora de diferentes graus de deficiência. Por ocorrer numa quadra menor que a do voleibol tradicional, é um esporte mais rápido. Como alguns atletas possuem ao menos parte dos membros inferiores, há uma regra que os obriga a manter a pélvis em contato com a quadra durante o jogo inteiro. É gerido pela Organização Mundial de Voleibol para Deficientes

 REPRESENTANTES

1) Daniel Dias

Esporte: natação – classes S5, SB4 e SM5
Data de nascimento: 24/05/1988
Cidade: Campinas, SP

2) Terezinha Guilhermina

Esporte: 100m, 200m e 400m na categoria T11 (deficientes visuais)
Data de nascimento: 3/10/1978
Cidade: Betim, MG

3) Daniele Bernardes

Esporte: judô, categoria meio-médio (até 63 kg)
Data de nascimento: 6/8/1984
Cidade: Ribeirão Pires, SP

4) Jane Karla

Esporte: tênis de mesa
Data de nascimento: 06/07/1975
Cidade: Aparecida de Goiânia, GO

5) Jeferson Gonçalves, o Jefinho

Esporte: futebol de cinco para deficientes visuais
Data de nascimento: 05/10/1989
Cidade: Candeias, BA

6) Dirceu Pinto

Esporte: Bocha
Data de nascimento: 10/9/1980
Cidade: Francisco Morato (SP)

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